domingo, maio 27, 2007

Duas Margens no "Primeiro de Janeiro"

Na sequência da notícia do realojamento das famílas ciganas do Bacelo e da entrevista à socióloga Maria Manuel Mendes sobre este assunto, o jornal "O Primeiro de Janeiro", refere-se a este blog.

DUAS MARGENS DE UM MESMO RIO

http://www.duasmargens.blogspot.com é o endereço da página digital de Jorge Pereira, de 39 anos, professor da disciplina de Geografia em Torres Novas (por acaso é Torres Vedras), na margem sul do país. A página virtual é dedicada ao grupo étnico cigano, uma vez que a matéria de mestrado sobre a qual o docente está a trabalhar tem a ver com esta etnia em particular. "O weblog serve de reflexão, essencialemente", diz Jorge Pereira, contactado pelo Janeiro. A dissertação está a ser elaborada na Universidade de Lisboa, no Departamento de Geografia e retrata o tema da inclusão da comunidade cigana no sistema de ensino português. As conclusões do trabalho ainda estão em fase embrionária, mas o professor adiantou que está a estudar dois casos práticos de Coimbra. No weblog está evidenciada uma preocupação avançada por uma das escolas em contacto com este profissional. "Os alunos da etnia cigana sempre foram uma preocupação para mim. Não pelo facto de serem ciganos, mas pelo facto de, em pleno século XXI, ainda não se encontrarem totalmente integrados no sistema de ensino português e, consequentemente, na sociedade", relata a resposta emitida por uma das escolas.

5 comentários:

beatriz disse...

Boa noite

Estou a iniciar a realização da minha tese de mestrado sobre ensino e ciganos, na U. do Algarve, na procura de informação sobre este tema encontrei este post. É neste contexto que gostaria de deixar sugestão sobre uma tese de mestrado que aborda as “Atitudes dos Reclusos Lusos e Ciganos Face ao Ensino Recorrente” é um trabalho muito actual, onde faz um enquadramento central da cultura cigana e consequentemente dos seus problemas de integração quer na sociedade quer na escola, descrita por quem a abandonou, na 1ª pessoa, quais os motivos, as expectativas, as principais dificuldades, as preferências disciplinares ligadas à etnia e porquê? novas Medidas a implementar para que o ensino funcione melhor, entre outros.
Eu obtive o contacto da investigadora através da página:

http://www.oi.acime.gov.pt/modules.php?name=News&file=article&sid=1229

Ela foi bastante atenciosa (penso que o livro vai ser editado brevemente). Também foi transmitido na semana passada uma programa na SIC Mulhrees “Mulheres Reclusas” muito interessante, com depoimentos.
Já agora gostaria de saber se é possível partilhar informação com pessoas a investigar nesta área.
Aguardo noticias.
Beatriz Júnior

Jorge Pereira disse...

Bom dia

Olá Beatriz. É claro que é possível partilhar alguma informação. Diga-me o que precisa e deixe-me o seu e-mail. Eu depois entro em contacto.

Jorge Pereira

beatriz disse...

Gostaria de informação a nível internacional, já tenho bastantes dados, sobretudo de Espanha e Itália, no entanto, preciso de arranjar mais. Também dados estatísticos e mesmos de dados qualitativos (historias de vida) ou excertos de histórias de vida, podemos trocar informação sobre bibliografia, caso esteja interessado. O meu endereço electrónico é
beatrizjunior14@hotmail.com
Obrigada
Beatriz

Anónimo disse...

foda se voces gostam de ciganos

Anónimo disse...

Olá! Há uns tempos não gostava muito desta etnia, talvez por não ter tido boas relações no passado. Agora sou professora e dou aulas a muitos ciganos e confesso que gosto de estar com eles. Grande parte não me faltam ao respeito e sabem quando brinco e não. É preciso é percebe-los e ajudá-los a ultrapassar as suas dificuldades, principalmente a nível de tempo disponível para vir para a escola e outras relacionadas com um atraso na aprendizagem. Aprendi a alterar alguns hábitos na sala de aula e também a nível do ensino pois tive que usar exercícios que tivessem relacionados com o dia a dia da "venda". Ainda para mais vivo num bairro que tem imensos ciganos e até hoje nunca tive o mínimo problema. Portanto quem vê caras não vê corações...
Liliana Guerreiro