O grupo étnico cigano português vive uma situação multissecular de discriminação étnica constantemente perpetuada pelo Estado, que tem funcionado, segundo Pereira Bastos (2003), como “agressor histórico, abusando da sua posição de supremacia para impor de forma contumaz medidas claramente desproporcionadas, abusivas e fortemente lesivas dos ciganos portugueses as quais conduziram à situação em que estes se encontram actualmente, bem conhecida dos ciganos e de todos os que mais de perto convivem com eles”.
A presença deste grupo étnico em Portugal foi assinalada em 1521, quando Gil Vicente fez representar a “Farsa das Ciganas”, em Évora, perante a corte de D. Manuel I. Nesta peça é feita uma boa caracterização social deste grupo, o que demonstra que nesta data já era bem conhecido.
Segundo Mendes (2005), “nas cortes de 1525, pedia-se ao Rei providências contra os ciganos”. Este grupo de gente nómada, que se deslocava em ranchos de dimensões variáveis, foi alvo, desde de muito cedo, da desconfiança, por parte da sociedade maioritária. Impunham-se pela diferença da sua língua, que era desconhecida, vestiam-se de modo diferente e exótico e apresentavam comportamentos específicos.
Rapidamente são emanadas leis, que se pronunciavam no sentido da “exclusão e concomitantemente da reclusão forçada por parte da sociedade envolvente” (Mendes, 2005). No entanto, e apesar da grande frequência dos textos legislativos em relação aos ciganos, as dificuldades inerentes à aplicação das leis, fez com que estas caíssem no vazio.
Até ao final da monarquia, em 1910, a sua situação, em Portugal, “foi marcada por constantes tentativas de erradicação total ou parcial dos ciganos nómadas, bem como de sedentarização e de integração cultural compulsiva, as quais se mostraram quase completamente ineficazes” (Pereira Bastos, 2003).
Verifica-se assim, que ao longo dos séculos, a imagem que fica deste grupo é uma imagem negativa e estereotipada, que se difundiu ao longo dos séculos, baseando-se num enorme desconhecimento da realidade cigana, gerando preconceitos discriminatórios. Assim, os ciganos apresentam-se à luz da sociedade maioritária como delinquentes, mendigos ou traficantes de droga.
A presença deste grupo étnico em Portugal foi assinalada em 1521, quando Gil Vicente fez representar a “Farsa das Ciganas”, em Évora, perante a corte de D. Manuel I. Nesta peça é feita uma boa caracterização social deste grupo, o que demonstra que nesta data já era bem conhecido.
Segundo Mendes (2005), “nas cortes de 1525, pedia-se ao Rei providências contra os ciganos”. Este grupo de gente nómada, que se deslocava em ranchos de dimensões variáveis, foi alvo, desde de muito cedo, da desconfiança, por parte da sociedade maioritária. Impunham-se pela diferença da sua língua, que era desconhecida, vestiam-se de modo diferente e exótico e apresentavam comportamentos específicos.
Rapidamente são emanadas leis, que se pronunciavam no sentido da “exclusão e concomitantemente da reclusão forçada por parte da sociedade envolvente” (Mendes, 2005). No entanto, e apesar da grande frequência dos textos legislativos em relação aos ciganos, as dificuldades inerentes à aplicação das leis, fez com que estas caíssem no vazio.
Até ao final da monarquia, em 1910, a sua situação, em Portugal, “foi marcada por constantes tentativas de erradicação total ou parcial dos ciganos nómadas, bem como de sedentarização e de integração cultural compulsiva, as quais se mostraram quase completamente ineficazes” (Pereira Bastos, 2003).
Verifica-se assim, que ao longo dos séculos, a imagem que fica deste grupo é uma imagem negativa e estereotipada, que se difundiu ao longo dos séculos, baseando-se num enorme desconhecimento da realidade cigana, gerando preconceitos discriminatórios. Assim, os ciganos apresentam-se à luz da sociedade maioritária como delinquentes, mendigos ou traficantes de droga.